A nova
cova dos leões.
Há uma
passagem Bíblica muito interessante, sobre uma intervenção Divina, a Bíblia e
eu temos lá nossas diferenças, o fato se é verdade ou metáfora sobre esta
passagem também cabe uma reflexão, sobre educação e com a certeza dos
enfrentamentos com os filhos.
Narra
o texto bíblico que Daniel que orava ao Deus dos hebreus na Babilônia onde o
rei era Dario, este rei o escolhera por sua bondade para governante principal
de seu reino, esta atitude atraiu invejosos que, prontamente levaram ao rei uma
proposta nefasta em forma de lei. Onde durante 30 dias quem orasse a outro deus
seria jogado a jogado dos leões.
Dario
sem saber o porquê daquela lei achou apropriada e foi convencido a sancionar,
sabendo que uma vez sancionada não poderia cancelar. Daniel devoto das orações
a Jeová, tomou conhecimento da mesma e não deixou de fazer suas orações, mesmo
sob o perigo de ser lançado a cova dos leões. Quando o rei se apercebeu o porquê
da solicitude dos que foram até ele o convencer da Lei, ficou muito triste, e
em seguida lhes trouxeram Daniel, e antes que ele fosse lançado a cova dos
leões o rei lhes disse: Espero que seu Deus a quem você serve lhe salve!
O rei passou a noite muito perturbado
e na manhã seguinte foi até a cova dos leões e gritou:
- Daniel Servo do deus
vivente! Pôde seu Deus a quem você serve salvá-lo dos leões?
- Daniel respondeu: Deus
enviou seu Anjo e fechou a boca dos leões de modo a não me machucarem.
Deus também
nos envia sempre seus anjos para que possamos lhe dar com os nossos filhos,
trabalhar seus sentimentos, endurecidos ou não amadurecidos que muitas vezes
aparentam ser aquelas feras onde Daniel fora lançado, só que a cova muitas vezes
é o próprio lar, e quem nos lançou a eles fomos nós mesmos ante a lei maior do
amor.
Ainda
feridos pelo passado preso ao seu inconsciente partem como feras não
encontrando o amparo naqueles que vieram nesta existência como seus pais, não
havendo qualquer amparo nas palavras ou gestos de carinho proferido pelos
genitores. Por mais educação que se aplique a um ser ainda recalcitrante eles
não conseguem assimilar, isto não significa falência moral dos Pais e outras
vezes sim, pois julgam-se fracos e desistem da missão, é necessário entender
que as ranhuras do passado ainda refletem a existência lá no íntimo de um
adversário.
Na
oportunidade do resgate somos lançados a estas feras que não muito diferentes
do que fomos outrora, teremos uma cova cotidiana no ambiente familiar, e se não
nos propusermos ao equilíbrio espiritual nos direcionando a Deus ou a divindade
de sua crença em oração não sairemos sem um machucado desta cova. Como então
vamos esperar um anjo que cale aquela boca? Que contenha aquela mão?
O
coração se entristece e reprimido de sentimentos não pode esperar que as coisas
se resolvam pela simples ação do dar um tempo ao tempo, elas não encontrarão a
melhor resolução que não seja através do diálogo para buscar uma reaproximação
que nos faça buscar de forma igualitária perceber que ninguém mais poder ser a
fera ou ser lançado a cova do desrespeito e do desamor.
Através
da oração virá a resposta da Ação de deus que vai agir sobre o resgate das
relações evitando que tudo possa se resolver ainda aqui enquanto estamos no
mesmo caminho sem ter que deixar para resolver novas ranhuras numa nova
existência depois.
Dercílio do Monte